Não havia brinquedos que brincavam sozinhos e a imaginação dava vida as minhas "filhinhas".
Lembro-me com saudade da minha primeira boneca com corpo molinho, a Pupy, que no auge da modernidade dos anos 80, balançava a cabecinha quando puxávamos sua cordinha.
Também lembro dos jogos de encaixe, dos castelos de revista que meu padrinho trazia da banca de jornal.
Mas saudade eu tenho mesmo do meu Atari, o pai dos joguinhos eletrônicos que hoje enchem os olhos da criançada.
Passava hooooras jogando Pac Man, Enduro e mais um monte de imagens mega pixeladas que minha imaginação convertia em carros modernos, monstrinhos alienígenas e princesas encantadas.
Minha filha esses dias assustou-se quando eu disse que quando tinha a idade dela não havia controle remoto para TV. "Como assim?", disse ela incrédula, como se fosse coisa do outro mundo.
Expliquei que existe vida além da tecnologia e que jogar peteca, Banco Imobiliário e STOP também são coisas bem divertidas.
Espantada ela me olhou com cara de "coitada, a mamãe pirou de vez!", mas agora mocinha moderninha, aquela que não larga do DS, está animadíssima jogando uma versãozinha online dos joguinhos da Atari que minha irmãzinha encontrou na net.
Ficou com saudade, não é mesmo? Vai jogar também...
Esta semana, visitando as lojas de brinquedos a procura dos mimos para o dia 12, dei de cara com os Smurfs e com a Mulher Maravilha nas prateleiras.
Vai dizer que esses brinquedinhos não foram feitos pra gente? Tive que me segurar para não trazer a Smurfete para casa!! Alguém me socorre?! Maldade fazerem isso... rs rs
E feliz dia das crianças!
Bjsss
